A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, nº 9394/1996) estabelece que os sistemas de ensino deverão assegurar, principalmente, professores especializados ou devidamente capacitados, que possam atuar com qualquer pessoa especial na sala de aula.
Sabemos que a realidade apresentada esboça um quadro diferente. A presente pesquisa revela o despreparo e o desconhecimento das professoras para lidar com o aluno surdo, citando como fator relevante o uso de uma linguagem totalmente oralista no processo de comunicação. Na maioria das escolas públicas, onde não há a aceitação da Língua de Sinais, havendo várias formas que levam a sua interdição, o aluno surdo é tratado como se fosse um ouvinte e conseqüentemente, deve desenvolver a fala.
Quanto ao primeiro contato com o aluno surdo as
falas das professoras demonstram os sentimentos de medo do desconhecido e as
dificuldades encontradas para lidar com as diferenças.“No começo eu fiquei
assustada” ; “Eu já fiquei assim preocupada”; “Eu fiquei assim apavorada” ; “A
primeira vez eu me surpreendi”
É importante pensarmos na necessidade de mudança
nas posturas e concepções das professoras em relação ao aluno surdo. Todos os
professores devem estar preparados para atender às necessidades desses alunos
no contexto escolar e social, aceitando-os nas suas diferenças.
Por viver em uma cultura ouvinte, o surdo pode
ter acesso à oralização, mas é importante que o professor conheça a filosofia
também da Comunicação Total, do Bilingüismo e, em especial, a Língua de Sinais,
considerada a língua oficial utilizada pela comunidade surda (Sá, 1998).
Salientamos a importância de o professor conhecer
e compreender a linguagem do aluno surdo, as variadas formas de expressão por
ele utilizada e participar de cursos de capacitação que possibilitem aprender a
língua oficial, ou seja, a LIBRAS.
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